Imaginem um jovem francês que, em 1892, quando cursava o último ano de medicina na Universidade de Paris resolveu abandonar tudo e, de posse de uma herança de seu pai, falecido dois anos antes, seguir uma atriz, pela qual tinha se apaixonado, em turnê pela América do Sul. Pensem ainda nesse rapaz, de origem aristocrática, que ao chegar no Rio de Janeiro foi abandonado por sua amante e viu – se aos 24 anos sozinho, sem grana, sem amor, perambulando pelas ruas do Rio? E mais: sem poder voltar para casa, já que havia envergonhado o nome dos seus?
Estamos falando de Alphonse Marie Edmond Pavie, que alguns anos depois do início dessa história se tornaria um médico lendário em todo o Norte/ Nordeste mineiro. “O povo o chamava de doutor Pavio”, costumava dizer meu pai, que era farmacêutico em Coluna, por onde Pavie passou diversas vezes, tratando da hanseníase que nos idos de 1940, 1950 era muito comum na região. Portanto, nasci ouvindo falar dele. (...)
Centro Virtual de História e Cultura David Pimenta
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